“Se você não sabe aonde ir, qualquer caminho serve.”
Já disse o Gato de Cheshire, um animal fictício famoso através do livro Alice no País das Maravilhas de Lewis Carroll
Sou apaixonado por tecnologia, e trabalhar com desenvolvimento de software foi justamente um dos caminhos que escolhi para me aproximar ao máximo dos avanços computacionais.
A trajetória em desenvolvimento de software não é curta, e diria até, sem fim. Ao iniciar tal jornada, vários caminhos são ofertados como especialidade: frontend, backend, devops, dados, automação, robótica, mobile, web, segurança, entre incontáveis opções que surgem e morrem com o tempo.
A escolha da especialidade não garante ascensão na carreira. O sucesso é reservado para os que conseguem se destacar, e são estes os Visionários e os Incríveis.
Pessoas visionárias. O maior desafio de um visionário, é empreender com um time de pessoas incríveis. Gosto da frase que Joel Beasley escreveu logo no início de seu livro: “Não tem mágica para ser um visionário. Está mais para uma persistência ímpia. É uma habilidade aprendida por necessidade.”
Pessoas incrivelmente esforçadas (ou podemos chamar apenas de ‘incríveis’). O que define, para mim, um(a) profissional incrível na área da computação:
Muitos dizem que dados são o novo petróleo. Porém, nada ultrapassará o bem mais valioso, desde sempre, que é o TEMPO. Uma pessoa incrível estuda como um hobby, usando o seu tempo livre com estudos na área de computação, simplesmente porque ama o que está a aprender. Pessoas “não incríveis” vão reclamar e esperar que alguém lhes pague para sentar e aprender, e se a empresa não o fizer, se acomodam e não estudarão. É muito legal quando temos apoio corporativo para evoluções e estudos, mas depender disso não passa de desculpa esfarrapada para si mesmo.
Um pré-requisito para se tornar incrível é fluência em alguma linguagem de programação. Esta capacidade é atribuída quando o profissional consegue traduzir qualquer código com a mesma facilidade de ler um texto na sua língua materna.
Alguém de destaque não terá dois ou três empregos simultâneos. Foco é uma palavra-chave, e só há destaque ao dedicar-se 100% num objetivo. Pessoas incríveis vão ocupar o seu tempo livre com a família (ou outro lazer) e estudos. Pegar freelancer ou “rodar um projeto paralelo” é sempre um tiro no pé de quem quer se destacar. Procure manter-se dedicado integralmente até o término do caminho principal já escolhido.
Ao buscar debates na área é possível receber feedbacks dos seus estudos e trabalhos, além de sempre sair com algo novo para estudar. A única atenção é não cair na armadilha de acreditar que basta ir em eventos (seja pago ou “boca livre”), liderados por
papagaiospessoas que apenas repetem algo, e encher o seu laptop de adesivos. Procure conversar com especialistas num assunto. O ideal é ter um ou dois mentores.Uma pessoa arrogante nunca será incrível, no máximo, será iludida. Ambição e humildade precisam caminhar juntos. Como diz o ditado: “A gente aprende, aprende, aprende e morre burro”. Eu já escrevi neste texto sobre o seu código não ser eterno. Assumir que outra pessoa pode ter pensado em algo antes/melhor que você, é um excelente caminho para aprender. Por outro lado, a arrogância afastará bons profissionais de perto de você.
Os incríveis irão longe, mesmo que não saibam aonde querem chegar. As suas características o guiarão ao sucesso, inevitavelmente. Já as pessoas “não incríveis” podem até saber onde querem chegar, mas sem os comportamentos adequados, o ‘atalho’ levará apenas até a metade do caminho e ali permanecerão, iludidas, reclamando da empresa, dos colegas, e da vida.