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Quem não inova, morre

Esta verdade inquestionável já deve ter passado por seus ouvidos em algum momento. Talvez a primeira vez em um caso de estudo da Yahoo, vendida a Verizon por 4% da sua maior valorização histórica; ou quem sabe em algum podcast falando da Nokia, quando insistiu em seu teclado qwerty até ser esmagado pelo atraso na adesão ao android após a revolução do touchscreen liderado por Steve jobs no iPhone;

Desktop View Aproximando mais a nossa realidade, em inovação tecnológica, grandes nomes reforçam a importância da inovação, como Elon Musk, ao citar:

“O fracasso é uma opção. Se as coisas não estão a falhar, não está a inovar o suficiente.”

Desktop View ou Steve Jobs, quando defende que:

“Inovação é o que distingue um líder de um seguidor. As pessoas loucas o suficiente de pensar que podem mudar o mundo, são aquelas que o fazem.”

Em analogia com o instinto de sobrevivência, seria natural a reflexão sobre “o que é inovação”. Vejamos algumas definições.

Desktop View Segundo Barack Obama:

“Inovação é a criação de algo que melhora a maneira como vivemos as nossas vidas”.

Desktop View Já para Peter Drucker, considerado como o pai da administração ou gestão moderna, e influenciador de um grande número de líderes e de organizações em todos os setores da sociedade:

“Inovação é a mudança que cria uma nova dimensão de desempenho”.

Desktop View Em termos práticos, de acordo com Schumpeter:

“Inovação refere-se a qualquer nova política para reduzir o custo total de produção ou aumentar a demanda por seus produtos”.

Saindo da teoria e observando parte da minha vivência pessoal no mercado de tecnologia nacional, posso citar alguns exemplos que comprovam o quanto, cada dia a inovação é necessária para manter um produto ou empresa no mercado.

Dentre os mais marcantes, impossível não questionar as inovações no universo dos dispositivos móveis. Há apenas uma década (meados de 2010), ainda nos primórdios da IoT (internet das coisas), criar uma simples funcionalidade para rodar em celular não era fácil, tínhamos inúmeras limitações de memória, processamento, e bateria. Requeríamos no mínimo um estudo em J2ME (java micro edition). Já nos dias de hoje, após muita inovação na área, felizmente, temos a facilidade em certo nível de que até jovens já estão criando seus próprios aplicativos.

Outro exemplo bem ilustrativo é o universo dos bancos. Quando iniciei na área, estava claro que bancos “já faziam tudo que precisava”, e empresas insistiam que aprender Cobol era uma grande oportunidade de se manter no mercado até a aposentaria, uma vez que era “impossível” os bancos desistirem dos seus mainframes. Porém, nos últimos anos vimos nascer Bancos 100% digitais, acompanhamos os bancos “tradicionais se reinventando / inovando, e temos pela frente o lançamento do PIX, novo ecossistema de pagamentos instantâneos (quase uma criptomoeda estatal, mas vamos guardar o tópico para outro papo).

Existem empresas fortes que se mantém em atualização, mas a grande parte de inovação hoje está descentralizado em milhares de startups pelo mundo. Os novos unicórnios somados trazem uma representatividade alta perante investimentos nas grandes companhias, o que torna a famosa “acqui-hiring” (processo de aquisição de uma empresa principalmente para recrutar os seus funcionários) cada vez mais valiosa. Confie em mim, se não estiver a inovar, não receberá uma proposta.

Na área de desenvolvimento de software, buscar inovação é algo corriqueiro, e fugir não é uma opção inteligente. Certamente você deve trabalhar com as linguagens de programação mais atualizadas, usar as últimas versões de software, e estar antenado(a) nas tecnologias emergentes.

Alguns colegas que não me escutaram em 2010 quando os alertei, seguiram teimosamente até a ruína de tecnologias como a Adobe Flex Builder , que utilizava Java para criar apps em flash.

Temos sim muito código legado e sistemas que funcionam bem com tecnologias arcaicas atualmente. Não caia na conversa fiada de que “é um sistema velho, mas nunca vai morrer”. Tudo terá um fim, assim como o próprio código que acabou de escrever também terá um destino trágico (lixeira), seja por problemas de escalabilidade, desempenho ou limitações de integração.

A minha sugestão é que busque o conhecimento básico, e entenda como tecnologias anteriores contribuíram para o cenário atual, mas que principalmente, procure trabalhar em empresas que estão a procurar inovação.

Se por acaso inovação não faz parte do seu dia a dia corporativo, mude de emprego! Caso contrário estará limitado(a) e não poderá usar recursos computacionais mais atualizados, terá uma comunidade fraca para se relacionar, e ao longo prazo, perderá currículo e ganhará menos dinheiro. Um caminho conhecido é esquivar-se das propostas das grandes corporações engessadas e apostar nas startups, e tenha certeza que a experiência de 1 ano vale por 3 anos numa empresa que tem inovação como o seu diferencial.

Esta postagem está licenciada sob CC BY-NC-ND 4.0 pelo autor.